10 de jun. de 2009

Juizão camarada...


Após duas vitórias convincentes, o Bafo da Lontra tinha pela frente o conhecidíssimo Alphaville, time que já havíamos enfrentado diversas vezes em amistosos, e outros torneios. Mas a confiança bafense ia nas alturas, a ponto de Kitcho Doberman salientar ainda na concentração "que estava achando a festa muito grande mesmo antes da bola rolar". Os latidos não foram ouvidos, e assim embarcamos em número recorde de atletas para o complexo ALPHA onde ficam localizados os campos de treinamento, quadras poliesportivas, sauna, piscinas e o campo principal do adversário. Realmente uma ótima estrutura, mas que comparada à nossa desenhada e erguida por JHSF MEGA BLASTER CONSTRUCTIONS INC., como diria a malandragem, "FICA PEQUENO".


O jogo começou antes da bola rolar, pois assim que adentramos o complexo fomos informados que teríamos que nos vestir em um espaço sem infra estrutura nenhuma. Apenas quatro chuveiros, um banheiro (que ficou impraticável depois que o Fucker Arabian conversou com o Barros de Alencar), abafado, e um espaço deveras acanhado para o tamanho da nossa instituição. Mas como diz o zagueiro Walls, "pau que bate em Chico, bate em Francisco também", e vamos aguardá-los ansiosos para o jogo de volta no caldeirão. Praticamente sem desfalques, e com o aquecimento prejudicado pela falta de um vestiário adequado fomos à campo com a certeza que faríamos mais um bom jogo, mas não foi bem assim...


Mordido pelos últimos resultados nos amistosos, um 4x3 e um 6x2, o Alphaville veio com um esquema de jogo ofensivo, jogando os dois atacantes para cima da zaga bafense, e dois armadores também enfiados entre os volantes, confundindo um pouco o sistema "ferrolho" utilizado por Blau Ferguson Santana. O bafo que veio à campo com Bomb Man, Barba Laranja, Boca de Graxa, Walls e Camoranesi; Janela, Simpatia, Fucker Arabian que deixou a feijoada no vestiário, e Doberman; Baiano e Flecha Loura; aguentou bem o tranco no começo, e logo impôs o seu ritmo de jogo. Mas com certeza absoluta, não era o bafo de outras jornadas, e passava alguns sustos. De repente, não mais que de repente, doberman avança com a redonda, e abalrroado pela marcação já raivosa com ele aquela altura da partida, pára reclamando. Fucker Feijoada Arabian que não tem nada com isso, aninha a redonda suavemente em seus pés macios, tira de dois marcadores e toca no canto fazendo 1 x 0 bafo. Na comemoração corre para o banco deles mostrando a camisa da Argentina. Cada louco com a sua mania... Mas o gol não traz tranquilidade, e Camoranesi salva a equipe em duas intervenções divinas. Pouco depois em uma jogada um pouco confusa Ronaldo, não o gordo, empata a partida após chute mascado que enganou Bomb Man. Fim da primeira etapa, e o hômi de preto não tinha nem aparecido ainda. Homem de preto, aparecido, isso me lembra presepada, lambança, enrosco...


No segundo tempo Camoranesi já havia salvado o time algumas vezes, e por isso deu lugar a Conejo. Cheiro de Táxi entrou na direita no lugar do barba laranja, numa manobra audaciosa do Águia de Haia dos Pampas para surpreender o adversário. E foi exatamente isso o que aconteceu, pois foram dez minutos de pressão bafense ininterrupta sem dar chance de respiro ao inimigo. Aí ele começou a aparecer, de preto, baixinho, sem saber porra nenhuma de regra, e para piorar com dois assistentes horrorosos, o soneca e o engessado. O jogo começou a ficar violento, muita falação, pernada pra todo lado, e o juiz parecia estar na praia. De repente, um dos atletas alpha resolve reclamar que o Professor tinha colocado o bico do sapato de cromo alemão em cima da linha lateral. Aí o soneca relatou ao árbitro que expulsou o chorão, que quis agredí-lo, que expulsou o Ferguson, que ouviu besteira de todo mundo. Na confusão, um dos jogadores adversários deu uma rasteira no árbitro que não teve coragem para expulsar o capoeirista, e aí foi a vez do zagueiro Walls encher o ouvido da excelência do apito. Uma verdadeira várzea, mas que teve como principal culpado sua senhoria. Aceitou de tudo, cartão de crédito, débito, dinheiro e cheque e não teve dignidade de tomar uma posição firme quando a "chapa esquentou". Juiz bundão, gritava um tiozinho bêbado, sozinho tendo ao seu lado apenas uma garrafa vazia de Malt 90.


Passado o entrevero, já com Caqui estreando no campeonato com o manto bafense após longo tempo no estaleiro, e Mamá Luca Toni também de volta ao time após o médico Carlos Verruga expulsá-lo do DM, pois era muito videogame e Black Label durante sua recuperação, nos lugares de simpatia e doberman que cansaram após muita movimentação e entrega. Mas, após boa jogada e troca de passes, Ronaldo fez o segundo deles e virou a partida. Aí foi a vez do Bafo correr atrás, e começar a criar inúmeras chances, a jogar como Bafo. Com a tranquilidade que lhe é peculiar, Caqui "achou" Luca Toni que bateu forte para dentro da área, a bola ainda passou por El Tanque (o irmão conseguiu o emprego que tanto alemejava no Camelo), e sobrou para ele que já havia saído, entrado - pois a regra permite - brigado, xingado, empurrado, feito churrasco, reunião, encontro de jovens, Doberman já começou a dar risada antes da bola entrar, enfiou o pé na cara da gorducha, e estufou a rede para o empate. Aí o que fez? Foi provocar, óbvio, sua especialidade, mestre nisso. Por isso a admiração que os adversários, carteiros, cobradores, frentistas, lunáticos e pessoas ligadas ao terceiro setor nutrem pela sua pessoa.


Ufa, joguinho enroscado, chato, amarrado, mas que transmitiu algumas coisas que devemos nos lembrar para a sequência do campeonato. Humildade é bom e conserva os dentes, e vamos numa boa sabendo do potencial que todos tem, mas usando-o de forma positiva. Doberman, bomb man com uma saída ninja no final do jogo no pescoço do atacante, simpatia, onipresente, janela, regularidade fantástica, Luca Toni e Caqui, os homens do segundo tempo, os destaques. E, fim...


7 de jun. de 2009

Segue o jogo.....



Contribuição do Barninho !