
Mais uma segunda-feira como tantas outras, trabalho, e-mails e toda essa parafernália tecnológica que nos toma um tempo danado diariamente. Mas era dia de amistoso, palestra do professor, confirmações, sarros internéticos e uniformes apertados (né, Alemão?). Isso tudo faz o dia passar muito, mas muito devagar. A ansiedade em calçar as sapatilhas e adentrar o gramado vestindo o sagrado manto branco do Bafo é muito grande - imaginem se fosse a copa dos campeões.
Após um dia com 60 horas, nos encontramos no vestiário para definir a equipe e ouvir a preleção do Professor Blau, uma mistura de Sir Alex Ferguson por conta da elegância, e Tite, o águia de haia dos pampas, pelo jeitão efusivo e explosivo de dirigir a equipe. O Bafo da Lontra formou com Guga, Pedro, Alemão Fralda, Fred Walls e Nada Cheiro de Táxi. O meio ficou a cargo de Ri Boca de Graxa, Gui Simpatia, Fubá El Diez e Kitcho Doberman. No ataque, Waltinho The Flash e Tarik El Tanque. Uma equipe de respeito, isso sem lembrar nos desfalques importantes de nomes como Horta, o Flecha Loira, Mamá Luca Toni, e Coré, o Lateral Isopor (perdoem-me se cometi o infortúnio de esquecer algum craque).
O jogo começa movimentado, os dois times se estudando - apesar de já terem jogado umas oito vezes - e, logo o Bafo abre o marcador com Waltinho. Na sequência em um lance de sorte, pois a bola resvalou no pé de alguém e me tirou da jogada, os caras empataram. Não demorou muito para Waltinho, inspirado, lépido, insinuante arrancar pela esquerda e cruzar para El Tanque desempatar. Daí pra frente as coisas ficaram um pouco complicadas, erramos em demasia, nervosismo em excesso com a atuação do Zacarias, que inclusive deu dois cartões amarelos para o Boca de Graxa por insistentes reclamações. E logo, o marcador marcava 4 X 2 para os donos da casa. Minutos depois o Zaca encerrou a primeira etapa.
Era hora dele, Professor Blau reuniu os atletas na beira do gramado com seu terno de veludo, seu sapato de cromo alemão de bico redondo, e passou uma descompostura nos jogadores que reclamavam demais. Acertou o posicionamento, e trocou algumas peças. Pedro deu lugar a Rafa Barba Laranja, Nada Cheiro de Táxi saiu para a entrada de Titi Conejo, Alemão Fralda saiu para a entrada de Lalo Penacho recuando o Boca de Graxa para reviver ao meu lado uma das maiores duplas de zaga da história da FMU. E na frente, saiu El Tanque para a entrada do Branca, rápido, irreverente, provocador, goleador.
Mas a noite era mesmo de Waltinho, reforço trazido a peso de ouro do Paulistano, e que caiu como uma luva no Bafo. Fez o terceiro arrancando e batendo na saída do goleiro, e em uma outra jogada um pouco estranha, em que Fubá, El Diez salvou uma bola que estava quase fora do campo, e de pucheta jogou para dentro da área, e ele como um raio, não sei de onde, apareceu para empatar. Isso não tinha nem 10 minutos de segundo tempo, e o Bafo passava pelo adversário como um trator. Isso sem mencionar as oportunidades perdidas, um caminhão de gols. Pouco depois, cansado pelas arrancadas que deixaram os zagueiros à sua caça, deu lugar à Tato Pancinha que havia prometido ao Professor que deixaria os companheiros na cara do gol, e foi o que fez assim que entrou dando um três dedos para o Branca que entrava livre.
O time parecia a Laranja Mecância de 74, ou a Hungria de Puskas, voava e os adversários já estavam descrentes de que aquilo estava realmente acontecendo. Para piorar a situação (para eles, lógico), Branca resolveu mostrar o seu arsenal, e fez o quinto batendo cruzado, e pouco depois recebeu livre e lembrando Aílton Lira, bateu com consciência por cima do arqueiro que nada pôde fazer. Decretada a fatura, foi só cozinhar o galo, e deixar o adversário nervoso. Não demorou muito para o avante ser expulso, e provocar uma baita confusão no banco deles.
Enquanto isso, a nau do Bafo navegando em águas calmas só esperava o Zaca dar o apito final. Mais alguns destaques foram se consolidando, como Gui Simpatia, implacável, Kitcho Doberman, onipresente mesmo fora de forma, Lalo Penacho muito bem na sobra dando tranquilidade para a defesa, assim como Tato Pancinha que não jogou como de costume (em todos os sentidos), e não deu espaço para o time adversário crescer. Rafa Barba Laranja também jogou com personalidade, e foi importante na segunda etapa.
Mas, bem de verdade foi o Zaca na hora que apitou o fim de jogo, pois não parava de pensar na redonda que iria degustar no Camelo (um de nossos patrocinadores) ao cair da noite. Obrigado a todos, obrigado a Deus por terem me colocado no caminho de pessoas tão especiais como vocês, que fazem a vida realmente valer a pena. E aos que não estiveram lá (de corpo, porque de espírito) por alguma razão, logo tem mais. Pois o Bafo não é o Bafo sem momentos assim...
Após um dia com 60 horas, nos encontramos no vestiário para definir a equipe e ouvir a preleção do Professor Blau, uma mistura de Sir Alex Ferguson por conta da elegância, e Tite, o águia de haia dos pampas, pelo jeitão efusivo e explosivo de dirigir a equipe. O Bafo da Lontra formou com Guga, Pedro, Alemão Fralda, Fred Walls e Nada Cheiro de Táxi. O meio ficou a cargo de Ri Boca de Graxa, Gui Simpatia, Fubá El Diez e Kitcho Doberman. No ataque, Waltinho The Flash e Tarik El Tanque. Uma equipe de respeito, isso sem lembrar nos desfalques importantes de nomes como Horta, o Flecha Loira, Mamá Luca Toni, e Coré, o Lateral Isopor (perdoem-me se cometi o infortúnio de esquecer algum craque).
O jogo começa movimentado, os dois times se estudando - apesar de já terem jogado umas oito vezes - e, logo o Bafo abre o marcador com Waltinho. Na sequência em um lance de sorte, pois a bola resvalou no pé de alguém e me tirou da jogada, os caras empataram. Não demorou muito para Waltinho, inspirado, lépido, insinuante arrancar pela esquerda e cruzar para El Tanque desempatar. Daí pra frente as coisas ficaram um pouco complicadas, erramos em demasia, nervosismo em excesso com a atuação do Zacarias, que inclusive deu dois cartões amarelos para o Boca de Graxa por insistentes reclamações. E logo, o marcador marcava 4 X 2 para os donos da casa. Minutos depois o Zaca encerrou a primeira etapa.
Era hora dele, Professor Blau reuniu os atletas na beira do gramado com seu terno de veludo, seu sapato de cromo alemão de bico redondo, e passou uma descompostura nos jogadores que reclamavam demais. Acertou o posicionamento, e trocou algumas peças. Pedro deu lugar a Rafa Barba Laranja, Nada Cheiro de Táxi saiu para a entrada de Titi Conejo, Alemão Fralda saiu para a entrada de Lalo Penacho recuando o Boca de Graxa para reviver ao meu lado uma das maiores duplas de zaga da história da FMU. E na frente, saiu El Tanque para a entrada do Branca, rápido, irreverente, provocador, goleador.
Mas a noite era mesmo de Waltinho, reforço trazido a peso de ouro do Paulistano, e que caiu como uma luva no Bafo. Fez o terceiro arrancando e batendo na saída do goleiro, e em uma outra jogada um pouco estranha, em que Fubá, El Diez salvou uma bola que estava quase fora do campo, e de pucheta jogou para dentro da área, e ele como um raio, não sei de onde, apareceu para empatar. Isso não tinha nem 10 minutos de segundo tempo, e o Bafo passava pelo adversário como um trator. Isso sem mencionar as oportunidades perdidas, um caminhão de gols. Pouco depois, cansado pelas arrancadas que deixaram os zagueiros à sua caça, deu lugar à Tato Pancinha que havia prometido ao Professor que deixaria os companheiros na cara do gol, e foi o que fez assim que entrou dando um três dedos para o Branca que entrava livre.
O time parecia a Laranja Mecância de 74, ou a Hungria de Puskas, voava e os adversários já estavam descrentes de que aquilo estava realmente acontecendo. Para piorar a situação (para eles, lógico), Branca resolveu mostrar o seu arsenal, e fez o quinto batendo cruzado, e pouco depois recebeu livre e lembrando Aílton Lira, bateu com consciência por cima do arqueiro que nada pôde fazer. Decretada a fatura, foi só cozinhar o galo, e deixar o adversário nervoso. Não demorou muito para o avante ser expulso, e provocar uma baita confusão no banco deles.
Enquanto isso, a nau do Bafo navegando em águas calmas só esperava o Zaca dar o apito final. Mais alguns destaques foram se consolidando, como Gui Simpatia, implacável, Kitcho Doberman, onipresente mesmo fora de forma, Lalo Penacho muito bem na sobra dando tranquilidade para a defesa, assim como Tato Pancinha que não jogou como de costume (em todos os sentidos), e não deu espaço para o time adversário crescer. Rafa Barba Laranja também jogou com personalidade, e foi importante na segunda etapa.
Mas, bem de verdade foi o Zaca na hora que apitou o fim de jogo, pois não parava de pensar na redonda que iria degustar no Camelo (um de nossos patrocinadores) ao cair da noite. Obrigado a todos, obrigado a Deus por terem me colocado no caminho de pessoas tão especiais como vocês, que fazem a vida realmente valer a pena. E aos que não estiveram lá (de corpo, porque de espírito) por alguma razão, logo tem mais. Pois o Bafo não é o Bafo sem momentos assim...